sábado, 6 de setembro de 2014

SUDAM: trapalhada de empresa promotora do concurso prejudica candidatos

Uma trapalhada promovida pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES), empresa promotora de concursos públicos está prejudicando dezenas de aprovados no Concurso Público da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), realizado no ano passado. 
O concurso ofertou 71 vagas para cargos de níveis médio e superior e teve as provas realizadas em setembro de 2013.
Ocorre que, quando o concurso foi homologado, em 17 de janeiro deste ano, o candidato Bruno Daniel das Neves Benitez, inicialmente classificado em primeiro lugar para o cargo de Geógrafo, teve a sua colocação questionada por outro candidato, classificado na segunda posição, Adilton Pereira Ribeiro, que, apesar de ter recurso administrativo negado pelo IADES, impetrou ação na Justiça denunciando prova com folhas trocadas, em desconformidade com o caderno oficial divulgado. Sua ação foi deferida.
Assim, como consequência, no dia 22 de maio, o IADES, atendendo a liminar da Justiça, publicou um novo edital, atribuindo pontos extras ao segundo colocado, elevando-o a primeira colocação.
Por esta razão, o cargo de Geógrafo foi colocado sub judice, aguardando definição a favor ou contra a liminar.
A princípio, o gabarito preliminar da Prova tipo B, para o cargo de Geógrafo, não apresentava desconformidade com o caderno de questões. No entanto, quando o IADES publicou o resultado definitivo, alterou o gabarito de três questões, dando como certas, alternativas erradas, gerando visível desacordo com o caderno de provas e concedendo pontos de forma irregular a alguns candidatos, beneficiando o candidato que havia impetrado ação.
Em julho, dois candidatos haviam denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), irregularidades no deferimento de recursos administrativos por parte da banca do IADES, na prova de conhecimentos básicos.
Apesar de toda esta grave situação, em momento algum o IADES se manifestou publicamente, se mantendo omisso e negligente em relação às falhas do processo seletivo. A SUDAM também não se manifestou publicamente acerca do caso.
Como consequência, além de não ter efetuado nenhuma nomeação, o cargo de Geógrafo tornou-se alvo de disputa judicial devido às inúmeras falhas cometidas pela banca.
Uma provável solução seria realizar outra prova ou restituir o gabarito preliminar.
Para o presidente interino da Asconpa, Virgílio Moura, "é preciso acabar de vez com a desorganização e a falta de respeito com os aprovados em concursos públicos, que cada vez mais têm se tornado constante em nosso estado".

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